Do que o abastado largava mão, podia o operário lousanense gastá-lo nos saldos que o jornal anunciava, na mesma edição. A "Loja do Povo" prometia "explendidas occasiões que se não encontram mais". Cobertores desde 500 réis, lenços a partir de cinco. Quem tivesse a sorte de 2.500 réis amealhados e se dispusesse a gastá-los à uma na "Loja do Povo", tinha direito a "um lindo sabonete MIMOSO".
O estabelecimento de Abel Baptista também saldava, o mesmo valendo para a "Casa Louzanense"; João Lima, agente da "Singer" em Covas de Serpins, facilitava a compra "a 500 réis semanaes".
Anúncios que muitos não leriam já, fugindo à miséria em barcos da "Mala Real Ingleza", rumo à Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco ou Santos. Emigrassem com a ajuda do "Avon", do "Aragon", do "Danube" ou do "Araguaya", em todos a companhia prometia um supremo luxo: "A bordo ha criados portugueses".
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